Eram 2h40 da manhã da última quarta-feira, dia 6 de março de 2024, quando vários caminhões com gaiolões e máquinas de patrulha mecanizada realizavam um buzinaço enquanto desfilavam pelas principais vias da Colônia Pindorama, povoado do município de Coruripe, Litoral Sul de Alagoas. Era o fim de mais uma safra com números positivos da usina da Cooperativa Pindorama.
A festa começou após a Usina Pindorama soar sua sirene principal, anunciando oficialmente o fim da Safra 23/24. Ao todo, o período produtivo da Usina Pindorama durou 180 dias, o que resultou no processamento de 1.014.355,68 toneladas de cana-de-açúcar. Essa quantidade gerou a produção 50.200 toneladas de açúcar e 45,3 milhões de litros de álcool.
Gerente industrial da unidade, Erikson Viana fez um apanhado geral da safra. “Em relação aos nossos resultados da safra 2023/2024, eu considero bem satisfatórios. A gente conseguiu uma boa recuperação do açúcar que entrou na usina, que a cana transportou. A gente teve uma melhora na eficiência das horas aproveitadas, quebrou bem menos e parou bem menos para os retoques, uma eficiência de extração melhor. As modificações feitas surtiram bons efeitos, a parte da lavagem de cana se comportou muito bem. A destilaria teve um bom aproveitamento na parte de eficiência de fermentação. Considero uma excelente safra”, classificou Viana.
Para o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, apesar da redução do preço do etanol no mercado brasileiro, a safra foi positiva. A avaliação que fazemos sobre a safra que se encerrou, agora é positiva, embora nós tivemos uma redução do preço do etanol muito forte. O setor tem sofrido essa pressão do não aumento do preço da gasolina que, consequentemente, limita o do álcool. É o quarto ano que a gente supera a casa de 1 milhão de toneladas. Esperamos que a safra futura seja maior e, consequentemente, melhor, por conta do clima que está sendo favorável, muito importante para o desenvolvimento da cana. Agradeço a todos os que se envolveram, a todo esse time maravilhoso que compõe a equipe Pindorama, aos nossos queridos associados e todos que se envolvem direta e indiretamente nesse processo”, disse Klécio Santos.
Em comparação com a safra 22/23, que durou 267, a atual teve 87 dias a menos, o que evidencia uma maior eficiência na moagem se comparadas as toneladas de cana esmagadas e de produção de açúcar e álcool dentro da quantidade de dias do processo.
A partir de agora a Usina Pindorama entra em período de reparo, quando toda a unidade passará por consertos e melhorias, aguardando o início da safra 2024/2025, o que só deve acontecer em meados de agosto deste ano.
Apesar da entressafra de cana-de-açúcar, a Usina Pindorama seguirá a mil no processo de fabricação do álcool. A produção vai focar na utilização de cereais como milho e sorgo, atendendo à demanda do mercado com a qualidade inerente da marca Pindorama.
